Há males que vêm para o bem. Esse ditado popular bastante famoso serviu de exemplo para Marcelo Yoshii. O faixa-preta de Murilo Bustamante teve a ajuda do Jiu-Jitsu para lidar com um drama pessoa. Posteriormente, poder realizar um sonho de ser professor da arte suave para crianças.
A separação dos seus pais, em 2001, mudou totalmente seu rumo na modalidade e o colocou distante dos tatames. Yoshii foi “obrigado” a deixar o esporte e trabalhar em outro ramo. No entanto, o lema “só o jiu-jitsu salva” entrou em ação novamente. Em 2014, após ser graduado à faixa-preta pelo ex-campeão dos médios do UFC, Yoshii pode dar início aos seus projetos.
“Após a separação dos meus pais eu fiquei morando com o meu pai no Rio de Janeiro e minha mãe foi pra São Paulo com meus irmãos. A vida mudou muito e comecei a trabalhar com o meu pai, mas sem largar os estudos. Quando terminei a escola comecei a carreira de representante comercial em paralelo ao jiu-jitsu e ao judô. Um ano após essa volta ao jiu-jitsu, eu ingressei na Brazilian Top Team, pois queria retornar às competições”, diz Yoshii.
“Conquistei alguns títulos nessa época e, com isso, a possibilidade de me tornar um atleta profissional e mais tarde um professor começou a passar pela minha cabeça. Especialmente porque o jiu-jitsu me ajudou muito a lidar com a separação dos meus pais e com a necessidade de eu começar a trabalhar cedo para ter as minhas coisas”, contou.
O esporte transformou sua vida pessoal
Além do esporte, a religião também foi um combustível para Yoshii poder ajudar as crianças a ingressarem na arte suave. Anteriormente o faixa-preta já tinha iniciado essa parceria com os mais novos na BTT, juntamente com Gustavo Sobral e Murilo Bustamante.
A sua entrada para a igreja abriu as portas para poder dar mais aulas para quem não tem acesso ao esporte.
“Sou cristão e me converti em 2018, mas foi no ano de 2022 iniciei um projeto de ministrar aulas de jiu-jitsu para crianças e adultos na ILAN CHURCH, no Recreio (RJ). Sempre tive o sonho de poder ajudar crianças e até mesmo adultos que não tivessem acesso às estruturas de academias e não tinham condições de pagar pelo treinamento”, explica o professor, que continua:
“Conversei com os pastores da igreja, tanto o pastor local quanto o pastor sênior e ambos concordaram em iniciarmos esse projeto que alcançou muitas pessoas”, finalizou.
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