Fabricio Andrey não conquistou o GP Absoluto do Polaris, mas de um show de Jiu-Jitsu no último sábado, no País de Gales. O “Hokage” teve desempenho impressionante e chegou à final do Grand Prix, ao derrotar Owen Livesey e Giancarlo Bodoni em sequência.
Fabrico mesclou, garra, potência e técnica para sair com a grande surpresa do Polaris 25. O manauara ignorou a diferença de peso, partiu para cima dos adversários e mostrou por que é considerado um dos atletas mais empolgantes da atualidade.
Ele usou seu forte jogo de quedas como trunfo para vencer suas lutas e resistiu às investidas dos oponentes. Fabricio provou seu refino técnico contra Bodoni ao derrubar o campeão do ADCC com destreza no ankle pick e quase concluiu uma queda plástica de quadril em Kaynan, mas o atleta da Atos se levantou rapidamente e impediu que o manauara concluísse a posição.
Na última terça-feira Fabricio Andrey participou do Plantão Jiu-Jitsu e comentou seu desempenho no GP Absoluto do Polaris.
“Sendo bem sincero, eu não esperava uma performance tão boa (risos). Como eu era um dos mais leves do GP, deixei meu jogo fluir com mais naturalidade e não fiquei com muita pressão. A galera estava bem apreensiva antes das lutas, os outros atletas estavam tensos, mas eu fiquei tranquilo. Não me dei bem na final com Kaynan, porque fiquei cansado e perdi a força. Mas foi uma ótima experiência”, disse “Hokage”.
Fase turbulenta
Fabricio relembrou o que pensou logo após Bodoni e revelou que viveu um momento de incertezas após a conturbada saída da Escola Melqui Galvão.
“Passaram muitas coisas na minha cabeça. Logo após a minha troca de equipe, vieram muitas dúvidas porque eu sempre tive um bom desempenho com o Melqui e depois a galera achou que eu não fosse desenvolver mais em nenhuma luta. No fim das contas, lutei bem e a vitória sobre o Bodoni me deixou ainda mais motivado para a final”, declarou Fabricio Andrey.
O faixa-preta da Alliance explicou como se preparou para os adversários mais pesados do GP Absoluto e mencionou a estratégia que seguiu para evitar o cansaço durante as lutas.
“Eu treinei mais com os levinhos na preparação para o Polaris, treinei com adversários mais pesados só por duas vezes durante a semana porque seria lesivo ao meu corpo aumentar esses treinos. Percebi nos rolas algumas situações que eu poderia me dar bem no GP, seja quedando, raspando ou passando. Estudei minha luta com o Victor Hugo no ADCC e vi que cansei bastante quando fiquei por baixo. Então, minha estratégia foi tentar me manter por cima e evitar ser raspado”, apontou Fabricio.
O “Hokage” já tem data para retornar aos tatames. Ele está escalado na primeira edição do ADCX e vai enfrentar Marcio André numa das superlutas do card. Fabricio terá a oportunidade de dar o troco, já que foi derrotado por Marcio André na final do Pan. O craque ressaltou que também pretende fazer uma luta de grappling contra um lutador mais pesado.
“Tenho uma superluta com kimono marcada para o ADXC com o Marcio André. Conversei com o Doria para ele tentar marcar mais uma luta casada de grappling, só que contra um atleta mais pesado, como se fosse um absoluto. Estamos vendo como meu corpo vai reagir nesse pós-evento”, concluiu Fabricio.
Confira, no vídeo a seguir, o episódio completo do Plantão Jiu-Jitsu.