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Duda Tozoni fala do seu atual momento como atleta e relembra título no Grand Slam Miami

Faixa-preta da The Match Champ Academy quer ampliar atuação a nível internacional

Tozoni celebrou desempenho de ouro no Grand Slam Miami. Foto: @dudatozoni

Maria Eduarda Tozoni, mais conhecida como Duda, começou a atrair atenções reservadas aos competidores da faixa-preta antes mesmo de alcançar esse patamar. Foram nos campeonatos da UAEJJF, organização dos Emirados Árabes responsável pelos eventos do Grand Slam de Jiu-Jitsu, que Duda brilhou mais intensamente. Nos tatames do torneio de alto nível, a competidora formada por Marcos Cunha, da equipe TMC, surgiu desbancando oponentes famosas e mais experientes, algumas com a faixa-preta amarrada na cintura.

Os eventos dessa federação internacional ocupam um lugar especial no coração de Tozoni, que ressalta a excelente estrutura como um diferencial. “Os campeonatos da UAEJJ com certeza são competições que eu adoro lutar, gosto da organização e modelo de evento, sempre me sinto bem lutando. Fico feliz de ter conquistado mais um título Grand Slam. Minha meta para 2024 é poder voltar a viajar para competir ao redor do mundo.”, projeta.

Mudança para os EUA fez de Duda uma atleta mais preparada

Em entrevista ao VF Comunica, a competidora disse que passa por uma fase de saudade das lutas no Brasil e na Europa, pelo fato de ter se concentrado mais nas competições em solo norte-americano neste ano de 2023.

Nascida em Santa Catarina, a faixa-preta relata que evoluiu muito em todos os aspectos desde que se mudou para os Estados Unidos. As dificuldades da mudança, aliadas com as obrigações diárias com o Jiu-Jitsu, fizeram dela uma atleta mais resiliente. “Sinto que evoluí muito como atleta e também desenvolvi muito mais o meu lado professora. Tive experiências novas e que me fizeram aprender mais sobre o mundo de dar aulas. Evolui bastante tecnicamente esse ano. Estou ansiosa para em 2024 desenvolver mais o jogo passando.”, afirma a lutadora que sempre mostrou um jogo de guarda bem afiado.

Participação no Pan No Gi, da IBJJF, despertou um interesse maior da atleta pelo grappling. Foto: @dudatozoni

Com a maturidade técnica e pessoal, Duda enxergou potencial em outro ofício: a arbitragem. Exercendo essa função, ela assumiu um papel importante dentro do espaço restrito à luta, mas sob outra perspectiva, absorvendo mais sobre as regras e avaliando as técnicas. 

“Eu amo arbitrar, é uma parte da minha carreira que com certeza pretendo me dedicar mais. Sinto que a arbitragem me deu muita maturidade, melhorou minha estratégia de luta e também minha forma de dar aula.”, afirma.

Título ainda na faixa-marrom, no Grand Slam, está entre os favoritos

Quando questionada sobre lutas marcantes que fez ao longo da carreira, Tozoni citou de cara o primeiro título faturado no Grand Slam, lá em 2020. Na época, era uma faixa-marrom que não passou nada despercebida, levando preocupação e muito trabalho às mais graduadas. Ainda segundo ela, sua conquista mais recente, campeã da etapa do Grand Slam em Miami, também foi muito significativa. “Me marcou muito também pois tive um ano bem difícil relacionado a competição, devido à mudança de país, treinos e rotina, mas poder encerrar o ano com um título desse com certeza marcou muito para mim. Pude provar para mim mesma que apesar das dificuldades, Deus continua me abençoando, basta apenas se dedicar e confiar.”, analisa com sensação de dever cumprido.

A atleta tem como meta para 2024 ampliar o seu alcance competitivo e, seguindo uma tendência do Jiu-Jitsu feminino, buscar a efetividade a cada treino, com mais agressividade e busca pela finalização. Em outubro deste ano, ela lutou o Pan Americano sem kimono na América. A experiência e o resultado, a medalha de bronze, a deixaram com vontade de imergir mais profundamente no cenário do grappling. “Esse ano me despertou uma vontade, que nunca tive (risos), de lutar No Gi. Me aventurei de cara no Pan No Gi para me testar e ter uma primeira experiência, me senti muito bem e gostei de lutar sem kimono, contudo ainda preciso treinar muito e me preparar para novos desafios.”, constata, certa de que a evolução sem pano vai enriquecer seu desempenho de kimono.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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