Emmanuela Oliveira 
Depois da primeira aparição de Diego ‘Pato’ no evento principal do ADCC, em 2022, uma sequência de boas performances no sem kimono o colocaram no seleto grupo dos mais perigosos atletas de grappling. No presente momento, ‘Pato’, terceiro colocado no ADCC, é um atleta bem mais experiente no sem pano e com credenciais de astro: dois cinturões, em divisões diferentes, no Who’s Number One.
Em entrevista ao VF Comunica, o atleta de 25 anos antecipou a confirmação da sua presença no torneio chave do ADCC em 2024 e falou um pouco sobre a experiência dele no último evento mundial da organização. Considerando-se naquele ano como um principiante no grappling, Diego ‘Pato’ disse que as suas performances no evento foram a superação de uma temporada que lhe reservou algumas lesões. No entanto, o desempenho satisfatório, com a chegada ao terceiro lugar, serviu para evidenciar o seu potencial na modalidade.
“Eu não prometo nada, se eu estiver bem, treinando bem, sem nenhuma lesão, eu consigo entregar uma boa performance. Igual da última vez, eu tive dois meses para treinar para o ADCC, sendo que a última vez que lutei, sob a regra deles, foi na seletiva daquele mesmo ano. Para a seletiva eu treinei duas, três semanas. Não sabia nada. O último evento que eu tinha lutado antes tinha sido o Mundial No Gi. Estava e não estava familiarizado com o No Gi.”, afirmou.
Na primeira aparição no evento principal do ADCC, Diego ‘Pato’ surpreendeu com ataques de perna
Ao longo do tempo, com maior reconhecimento de ‘Pato’ como um exímio atleta de grappling, ele faturou títulos e atraiu fama de especialista em chave de pé. Na entrevista, ele lembrou que no ADCC, naquele ano, superou Keith Krikorian com a finalização que acabou se tornando uma grande aliada no seu game.
“Eu lutei de igual para igual com um cara que era número 1 na chave de pé, nos Estados Unidos, que era o Keith Krikorian. Finalizei ele em quatro minutos, se não me engano foi até menos, mas finalizei na chave de pé. Eu consegui ver que estava no nível deles.”, relembrou.
Luta contra Kennedy Maciel intimidou ‘Pato’, que se considerava inexperiente no No Gi
Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar Kennedy Maciel, filho de Rubens ‘Cobrinha’, temido por uma experiência que até então ‘Pato’ não tinha. Nesse combate, o representante do Amazonas continuou investindo nos ataques na perna, até que surgiu a oportunidade de um desfecho inédito.
“Eu fui para a segunda luta com o Kennedy, que tinha pegado o segundo lugar na edição anterior. Então, tipo, lutar com um cara experiente, medalhista do ADCC, foi complicado e fiquei meio inseguro, mas fui lá e lutei de forma bastante confortável. Eu consegui aplicar a Z Lock, a chave Z de joelho, a primeira da história do ADCC. Eu poder fazer o que a galera inventou e não está conseguindo aplicar, em um evento grande, contra oponentes muito bons, é surreal para mim.”, declarou em entrevista ao jornalista Vitor Freitas, disponível no You Tube.
O evento principal do ADCC vai acontecer em agosto, em Las Vegas, nos Estados Unidos. A divisão de até 66 kg, na qual Diego ‘Pato’ está inserido, já conta com atletas como Kauã Gabriel, Fabrício Andrey, Kennedy Maciel e o campeão Diogo ‘Reis’, da Melqui Galvão, antigo dono do cinturão dos penas do WNO, que agora pertence a ‘Pato’.
