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Diego Almeida dá volta por cima na pandemia com estudos: “o conhecimento abre portas”

Diego Almeida é faixa-preta e ensina Jiu-Jitsu nos Estados Unidos. Foto: Arquivo Pessoal

Diego Almeida, 27 anos, é um exemplo de perseverança. Durante a pandemia que assolou o mundo em 2020/21, o jovem faixa-preta arregaçou as mangas e batalhou para manter suas finanças e sua academia Seeds 13 em crescimento mesmo com poucas opções. Sem poder dar aulas de forma normal, Diego ensinava Jiu-Jitsu para seus alunos de forma online através de uma plataforma digital e no tempo livre chegou a trabalhar como entregador no Uber Eats, nos Estados Unidos.

Com a filosofia da arte marcial, que ensina o praticante a manter a calma em momentos turbulentos, Diego foi paciente para entender que apesar do tempo obscuro ainda era possível encontrar oportunidades. Ele passou a dedicar parte do seu tempo em estudar o mercado digital com grandes players do mercado fora do Jiu-Jitsu e isso lhe deu bagagem para estruturar melhor a forma de ensinar a modalidade e oferecer um serviço melhor para seus clientes quando tudo voltasse ao normal.

A decisão deu tão certo que hoje, dois anos após a pandemia, Diego é dono de três academia e comanda 10 funcionários em seu time em San Angelo, no Texas, onde reside atualmente.

“Os maiores aprendizados que eu tive antes da pandemia e pós pandemia foram que, as pessoas que buscam conhecimento são as pessoas que vão conseguir sobreviver nessa sociedade que estamos vivendo agora. Muitas das vezes eu pensei em não investir, de não abrir outra academia por conta do momento em que estávamos vivendo, mas o incerto nós já temos. Na verdade, só tem crise quem não está preparado. Foi um tempo difícil para todos nós, mas eu aprendi bastante em relação aos negócios da minha academia. Eu entendi como atrair novos alunos, como reter os alunos e, principalmente, como oferecer um bom serviço de Jiu-Jitsu. O novo mercado chegou”, conta o professor Diego, antes de comentar o que aprendeu como um gestor de academia.

“Como gestor de academia, eu tive que deixar a minha carreira de atleta de lado um pouco, mas tivemos um saldo bem positivo. Quando você é atleta você precisa ser egoísta para dizer não a muitas coisas e quando você vira um gestor você precisa se doar, servir e oferecer uma plataforma cada vez melhor para quem segue você. Eu agora ofereço mais tempo ao meu time. Eu tenho 10 funcionários na minha academia principal e eu gosto de ser como um líder, não um chefe. O líder mostra o caminho e trabalha junto, é assim que trabalho agora. Aprendi bastante com os grandes players do mercado fora do Jiu-Jitsu”, revela.

Diego também é um assíduo competidor de Jiu-Jitsu e planeja seu retorno ao cenário ainda este ano pela IBJJF.

“Eu pretendo voltar a lutar, pois agora tenho um time ao meu lado, mas eu também fui pai recentemente. Estou aproveitando essa fase da melhor maneira, é uma fase de aprendizado. Eu coloquei uma frase na minha mente que é: “eu não posso negociar o inegociável”. Isso quer dizer que preciso cuidar do meu corpo para voltar a competir novamente e por isso contratei médicos para cuidarem da minha saúde. Quero ficar saudável e viver um lifestyle. Um corpo saudável é capaz de tudo!”, encerra o campeão.

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