Júlia Alves é a atual campeã da divisão -62kg do World Pro e entrará em ação na próxima semana na expectativa de engrandecer seu legado no maior palco de Abu Dhabi. Júlia é uma revelação da GFTeam Jiu Art e atraiu os holofotes ao brilhar na edição passada do evento mais importante da AJP.
Ela tem um Jiu-Jitsu refinado e sua guarda habilidosa é a principal arma de seu jogo. Júlia faz uma temporada impecável pela Federação. Ela chega embalada com as recentes conquistas do Grand Slam Miami e dos AJP Tour da Colômbia e do Egito. Agora, Júlia Alves está focada em mostrar a melhor versão de seu Jiu-Jitsu na Mubadala Arena, apesar do desgaste físico.
“Então, é sempre mais cansativo no final do ano porque já passaram muitos campeonatos importantes. Por isso, tento manter a minha cabeça focada como se fosse o principal campeonato. Estou tentando descansar porque meu corpo está muito quebrado e pretendo focar na estratégia. Além disso, também vou ver as meninas que estão inscritas vou preparar minha mente porque acredito que o mais importante é a cabeça nessa reta final”, contou a faixa-preta, em entrevista ao VF Comunica.
Júlia fala sobre possível luta com Luiza
Júlia é uma das atletas mais vitoriosas da nova geração e seu lastro vitorioso na AJP vem desde as faixas coloridas e já chamou atenção de lutadoras consagradas. É o caso de Luiza Monteiro, que após vencer no ADXC, disse que gostaria de enfrentar a atual campeã da categoria no World Pro.
“Achei que eu já fosse ser convidada nessa primeira edição porque ganhei os dois rankings no ano passado e venci tudo que poderia ganhar. Mas eu me sinto preparada e honrada, nem preciso falar sobre a Luiza. Ela é uma das pioneiras do esporte, tenho total admiração por ela e saber que ela está esperando pela campeã me dá um gás a mais para ganhar e ter meu próximo desafio. Fico feliz com isso pois mostra que o meu trabalho está dando resultado”, disse a jovem campeã.
Julia descreveu seus diferenciais em relação às demais oponentes da divisão e destacou que sua meta é sempre estar à frente das adversárias.
“Então, me sinto pequena em relação às meninas da minha categoria, porém, me sinto mais rápida do que elas. Isso é um ponto positivo. Além disso, eu sou muito explosiva e sempre consigo impor meu jogo. Então, elas precisam ficar atrás de mim, isso me deixa em vantagem tanto que ficou parelho quando lutei com a Ffion porque nós duas colocamos ritmo. Acredito que ser a menor, a mais rápida e a mais explosiva da categoria me ajudam”, ressaltou a faixa-preta.
Júlia exalta a AJP
Júlia superou inúmeros obstáculos para alcançar o topo e usou as adversidades como combustível para seguir em busca do sonho. A campeã do World Pro comentou como o investimento e as premiações da AJP foram importantes para que ele se tornasse uma atleta profissional de Jiu-Jitsu.
“Assim como a maioria das pessoas, sempre fiz rifa para viajar e contei com dinheiro de pessoas que me apoiavam. Desde o meu primeiro World Pro na faixa-azul, eu consigo pagar algumas coisas. Quando eu peguei a marrom, eu parei de trabalhar. Eu trabalhava na prefeitura, já trabalhei em restaurante, mas parei para me dedicar 100% ao Jiu-Jitsu. Todo o dinheiro que eu ganhava, eu investia em outras competições. Então ganhei no Rio, aí eles me chamaram para lutar aqui, fiquei em segundo lugar no ranking, investi em outro Grand Slam e faço assim até hoje. Sou 100% atleta graças a essa estrutura que Abu Dhabi proporciona”, concluiu Júlia.