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Camila Reis cita evolução nos EUA e avalia luta com atleta do UFC

Camila menciona desafios de viver nos Estados Unidos, comenta evolução fora dos tatames e fala sobre luta de grappling com Miranda Maverick

Camila Reis é uma das faixas-roxas mais promissoras da atualidade. Foto: Reprodução/Instagram
Camila Reis é uma das faixas-roxas mais promissoras da atualidade. Foto: Reprodução/Instagram

Camila Reis é um dos maiores talentos do Jiu-Jitsu feminino na faixa-roxa e tem se tornado uma atleta completa dentro e fora dos tatames. Ela foi campeã do World Pro no ano passado com atuação impecável. Além disso, ela tem no currículo os títulos do Mundial e do Europeu, ambos da IBJJF, na faixa-azul.

Camila é aluna do professor Marcos Cunha e passou por um período de intercâmbio no Ninja Stars International, no Kansas. O projeto é uma iniciativa do professor Felipe Ninja e tem como objetivo capacitar e profissionalizar atletas de Jiu-Jitsu. Dessa forma, Camila se desenvolveu em diversas áreas nos últimos dez meses e não está apenas com o Jiu-Jitsu afiado.

Camila lista desafios nos EUA

Em entrevista ao VF Comunica, Camila Reis descreveu a experiência de morar nos Estados Unidos e ter novas responsabilidades.

“Morar nos Estados Unidos tem sido um grande desafio. Eu moro sem meus pais, trabalho, treino, luto e cuido da minha vida por conta própria. Durante esse tempo aqui, tive uma grande evolução espiritual e mental, claro que não posso dizer que foi tudo maravilhoso e perfeito o tempo todo, não mesmo! Embora o tempo ruim, eu sempre tento tirar as coisas boas”, afirmou a faixa-roxa.

Camila Reis se tornou campeã mundial no ano passado. Foto: Reprodução/Instagram
Camila Reis se tornou campeã mundial no ano passado. Foto: Reprodução/Instagram

Desenvolvimento no Ninja Stars International

Ela começou a fazer parte do Ninja Stars oficialmente a partir de janeiro, mas contou com a ajuda de Felipe Ninja em 2022. Camila contou como o Ninja Stars tem sido importante para o desenvolvimento de sua carreira profissional.

“O Ninja Stars já me ajudou ano passado porque eu vim para lutar o Pan e o Mundial por causa da ajuda no Ninja. Ele entrou em contato com meu professor Marcos Cunha e fizemos essa ponte que deu certo. Fiquei aqui três meses competindo e treinando na academia do Ninja com todas as despesas pagas. Então, foi uma experiência incrível. O Ninja decidiu criar o projeto para ajudar atletas de outros países para poderem vir para os EUA e ter a experiência de cinco meses. Além disso, para desfrutar do que os EUA têm a oferecer. Foram cinco meses de muito aprendizado, mais fora do tatame do que dentro. Mas aqui eu também estou conseguindo melhorar muito meu inglês porque tenho aulas para quem sabe aplicar para uma faculdade. Então, no geral está sendo uma grande oportunidade”, ressaltou a faixa-roxa.

Felipe Ninja e Camila Reis. Foto: Reprodução/Instagram
Felipe Ninja e Camila Reis. Foto: Reprodução/Instagram

Camila enfatiza evolução fora dos tatames

Camila Reis mencionou que, apesar de estar com o Jiu-Jitsu ainda melhor, ela aprimorou mais suas habilidades fora do tatame nesse período.

“Com certeza, foi fora dos tatames porque eu tive uma evolução gigantesca. Claro que eu aprimorei meu Jiu-Jitsu, principalmente, a luta por cima, tanto passando quanto quedando. Até porque nos últimos três meses eu só tenho treinado com homens no Ninja Stars. Só consigo treinar com mulheres de manhã às 6h da manhã ou às 20h”, disse a jovem campeã.

Camila Reis detalha Jiu-Jitsu ofensivo e finalizador

Camila citou os pontos mais fortes de seu jogo e destacou seu Jiu-Jitsu agressivo, já que sempre luta em busca da finalização.

“Eu sempre me considerei guardeira, ainda amo fazer guarda, mas hoje em dia passar está ganhando meu coração, especialmente por eu ser baixa. Eu amo fazer omoplata, acho essa finalização em qualquer lugar. Também gosto de finalizar das costas. Meu ponto forte também é minha flexibilidade, que às vezes até assusta alguns. Eu sou muito agressiva por cima, mais do que por baixo”, reiterou Camila.

Camila Reis brilhou no St. Louis Open. Foto: Reprodução/Instagram
Camila Reis brilhou no St. Louis Open. Foto: Reprodução/Instagram

Camila fala sobre sonhos no Jiu-Jitsu

Camila sonha alto no Jiu-Jitsu, mas seus objetivos têm um propósito maior: ajudar a família e oferecer uma condição melhor às pessoas que sempre a apoiaram. 

“O primeiro de todos, mas não o único, é ser campeã mundial na preta. Porém, tenho outros objetivos dentro do esporte que fogem do óbvio. Eu quero muito poder ajudar outras pessoas, assim como recebi ajuda várias vezes. Honestamente, não sei ainda se quero ter minha própria academia, talvez um projeto para o futuro. Quero ajudar minha família através do Jiu-Jitsu, principalmente, meus pais, que sempre me apoiaram e estão sempre do meu lado. Também quero viver da arte”, declarou a faixa-roxa.

Confronto com lutadora do UFC

Camila tem um grande desafio pela frente no próximo sábado, 11 de novembro. Ela vai enfrentar Miranda Maverick, atleta do UFC, num duelo de grappling pelo evento Blue Corner, em Kansas City. A brasileira comentou suas expectativas para a luta e assegurou que está preparada para entregar uma ótima atuação.

“Vai ser uma experiência muito boa, ainda mais nogi. Acredito que por ser uma atleta de UFC, ela deve ter alguns macetes diferentes, mas eu estou 100% pronta para encará-la. Treinei bastante ataques e defesas de pé e joelho, porque a regra vai ser de marrom e preta da IBJJF. Então, a chave de calcanhar e cruzar o joelho serão permitidos, por exemplo. Estou bem animada para mostrar meu jogo para frente e agressivo. A estratégia já está montada, eu meu professor Marcos Cunha estudamos a Miranda, então nós vamos para cima com tudo”, finalizou Camila.

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Escrito por Gabriel Almada

Jornalista aficionado por luta e faixa-roxa de Jiu-Jitsu

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