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Caio Almeida fala sobre sua história, relembra momentos difícies e aponta mira no Mundial Master

Desde os primeiros contatos com o Jiu-Jitsu, Caio Almeida percebeu que estava diante de algo especial: transformar a vida de jovens e crianças

Caio Almeida é faixa-preta de Jiu-Jitsu e lidera a equipe Almeida Jiu-Jitsu, em São Paulo. Caio é um dos maiores competidores de Jiu-Jitsu.
Caio Almeida é um dos professores mais condecorados do esporte. Foto: Arquivo Pessoal

No mundo do Jiu-Jitsu, existe um nome que ecoa com respeito em todos os cantos da comunidade do Jiu-Jitsu: Caio Almeida. Professor e atleta profissional, ele trilhou um caminho repleto de desafios e vitórias, sempre com a determinação de formar campeões e deixar um legado para seus alunos em Itaquera, São Paulo.

Desde os primeiros contatos com o Jiu-Jitsu, Caio Almeida percebeu que estava diante de algo especial: “O Jiu-Jitsu me ensinou muito além das técnicas de luta. Ela me mostrou valores essenciais para a vida, como respeito, disciplina e perseverança”, diz Caio.

Caio Almeida hoje lidera a Almeida Jiu-Jitsu, uma das principais equipes de São Paulo, ao lado de seus irmãos. Em entrevista exclusiva ao VF Comunica, Caio compartilha sua história e os princípios que o norteiam em sua jornada no esporte.

VF COMUNICA: Como você chega para o Mundial Master mentalmente?

CAIO ALMEIDA: Minha cabeça está muito boa para Mundial Masters. São muitos anos trabalhando para isso. O camp nos Estados Unidos tem sido maravilhoso. O professor Toni Passos tem puxado meu 110% todos os dias e tem sido desconfortável, pois estou acostumado a dar aulas e treinar com meus atletas. Ter alguém me puxando tem sido até “estranho”, mas é algo maravilhoso e faz diferença.

Voce tem se dividido entre professor e atleta. Qual é a maior dificuldade que você encontra?

Acredito que sempre gira em torno de nossa maturidade para entender qual nosso propósito de vida, para que as pessoas não tentem frear os planos de Deus em nossa vida com suas frustrações ou medos. Sempre ouvi me falarem que não vou ser campeão, pois coloco muito tempo e energia em meus alunos. Me falaram que eu estava velho e o fato é que me sinto bem, de fato, me sinto como um garoto, cada vez melhor.

Estou em minha melhor fase. A maior dificuldade sempre vem de fora. Com tempo eu criei uma casca para me blindar e continuar em frente! Liderar me faz um melhor atleta. Quando estou exausto e quero parar, eu olho para lado e vejo dezenas de alunos esperando para ver qual vai ser minha ação. Eu já competi sábado, fiz o treino de domingo de manhã e competi domingo de tarde. Sempre pronto para trabalhar!

Como você analisa a divisão médio no Mundial Master?

Lutar de médio sempre é complicado em qualquer cor de faixa ou idade. Ano passado lutei Mundial Master de peso-pena. Eu fui campeão do World Pro até 69kg. Porém eu passei dos limites e meu corpo acusou. Agora vou de médio que é meu peso natural. Tem muita luta dura. Sandro Gabriel e Pitter Frank fizeram a final do Brasileiro, são fortes candidatos. Mas estou bem treinado para essa batalha.
Tem mais de 50 na chave!

você formou muito alunos campeões que vivem do esporte hoje. Qual foi o segredo do secesso?

Sim, formei muitos campeões. Graças a Deus. Conseguimos campeões mundiais em todas as faixas, de faixa-azul até a faixa-preta. Eu sempre quis ser campeão mundial. Acredito que coloquei meu sonho neles. Deus me deu alunos que queriam isso também. Eu me dediquei todos os dias para isso. Um trabalho extra tatame que demanda tempo. Levar para igreja, ensinar valores, conversas e vivência em tempo integral. Mas, de verdade, o segredo do sucesso está em deixar Deus agir. Ele colocou um plano maravilhoso em meu coração de dar um futuro melhor para meus alunos através do BJJ. Eu agarrei isso. Gerar transformação! Sim, sempre gostei do movimento de levar os alunos para igreja comigo, pois os valores quando não são os mesmos começa a dar atrito. As pessoas dentro do grupo devem falar a mesma língua.

Respeito quem trabalha diferente e acredito que de certo. Pois estão falando a mesma língua. São sempre os valores!

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Escrito por Vitor Freitas

Jornalista, Vitor Freitas atua diretamente na produção de conteúdo para o Jiu-Jitsu de todas as formas há 13 anos.

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