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Caio Almeida conta detalhes do tricampeonato do World Pro

Professor da Almeida Jiu-Jitsu explica como usou a derrota no BJJ Stars como combustível para brilhar em Abu Dhabi

Caio Almeida é tricampeão do World Pro. Foto: Divulgação/AJP
Caio Almeida é tricampeão do World Pro. Foto: Divulgação/AJP

Caio Almeida já tinha um currículo vitorioso em Abu Dhabi, mas fez questão de engrandecer seu legado no World Pro. O renomado professor da Almeida Jiu-Jitsu se consagrou tricampeão do evento árabe na semana passada, ao trilhar uma caminhada sem falhas. Caio impôs seu jogo calibrado e conduziu suas lutas com maestria sem sofrer pontos.

As palavras superação e determinação definem o tricampeonato de Caio Almeida no World Pro. Há pouco mais de dois meses, Caio perdeu para Piter Frank no BJJ Stars 11, fraturou o pé, mas não desistiu. O faixa-preta se reergueu, não aceitou a derrota e correu atrás da glória no campeonato mais importante do Oriente Médio.

Caio cita superação para triunfar no World Pro

Em entrevista ao VF Comunica, Caio Almeida explicou o que essa conquista representa para ele depois dos obstáculos que ele deixou para trás nos últimos meses.

“Antes de lutar, eu falava pra mim mesmo: ‘eu posso, eu consigo’. Meu pai sempre me falava que o que um homem faz, todos são capazes de fazer. Então, levo isso comigo. Temos atletas que são tetracampeões mundiais, por que eu não posso então? O tricampeonato foi uma virada de chave para mim porque meu sonho era vencer o World Pro. Quando venci pela segunda vez, fiquei emocionado porque não imaginei que viveria aquilo novamente. Agora, eu estava na cabeça que poderia ir além. Representa que eu também posso. Foi uma superação e resiliência muito grande”, contou Caio.

O líder da Almeida Jiu-Jitsu teve um ano intenso e se colocou à prova em diversas oportunidades. Caio mencionou qual foi sua motivação para dar a volta por cima após o revés no BJJ Stars.

Redenção no World Pro

“Tive um ano maravilhoso nas competições, mas não performei bem no BJJ Stars e tomei a finalização da noite. Além disso, saí de lá com o pé quebrado. Eu não aguentava pisar no chão, mas continuei treinando. Exatamente dois meses depois, levei o tri no World Pro. É sobre isso. Eu não aceitei e senti que Deus me deu força para continuar. Eu poderia ter terminado o ano com a derrota no BJJ Stars, mas não aceitei, conquistei o tricampeonato do World Pro e terminei o ano com a cabeça erguida”, cravou Caio Almeida.

O professor lembrou o que sentiu nos primeiros instantes como tricampeão do World Pro.

“Eu apenas agradeci a Deus, só sentia gratidão. Eu vibrei bastante e tive a sensação de objetivo alcançado. Conseguia sentir apenas gratidão por tudo”, vibrou o faixa-preta.

Caio comenta performance no World Pro

Caio descreveu o que mais gostou de seu desempenho no World Pro e destacou que estava completamente focado no objetivo que tinha pela frente.

“Foi o meu estado de fogo. Eu trabalhei duro e fiz várias renúncias para essa competição. Ao mesmo tempo, eu estava concentrado no objetivo. A cada dia de treino que passava eu falava comigo mesmo que eu merecia ser campeão. Então, eu mantive esse pensamento lá em Abu Dhabi e não me distraí. O que eu mais gostei foi o meu nível de concentração. Fiz a competição sem sofrer pontos porque eu estava focado no que tinha que fazer”, declarou o campeão.

Além de ter lutado, Caio acompanhou seus alunos em Abu Dhabi e fez um ótimo trabalho no coach. Ele disse como conseguiu balancear as duas funções sem deixar seu nível cair.

“Foi muito difícil porque eu estava receoso já que não performei no World Pro 2021, não fui bem. Tinha gastado muita energia com os meus atletas. Dessa vez, eu também levei um grupo grande de atletas, mas também consegui focar em mim de forma madura. Além disso, consegui fazer com que eles focassem em seus objetivos, o que é importante. O atleta é responsável pela própria carreira e pelo futuro dele. Ensino aos meus alunos que eles precisam correr atrás dos objetivos. Então, meu grupo está bem maduro em relação a isso. Eles não estavam dependentes de mim porque estavam cientes de suas responsabilidades. Conciliar essas funções é algo prazeroso porque acredito na liderança. Eu me sinto motivado, não só por mim, mas pelos meus atletas”, finalizou Caio Almeida.

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Escrito por Gabriel Almada

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