Com a conclusão do Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu da IBJJF no último final de semana, chega o momento de analisar e refletir sobre atletas que se destacaram, além de relembrar os acontecimentos mais comentados nos quatro dias de evento. Em transmissão ao vivo do Plantão Jiu-Jitsu, que foi ao ar ontem, dia 4 de junho, no canal VF Comunica no YouTube, Bruno Bastos foi o convidado do jornalista Vitor Freitas para uma conversa franca sobre o Mundial da IBJJF.
Qualidade do Jiu-Jitsu de Sarah Galvão é de faixa-preta, de acordo com Bruno Bastos
Presente no “Super Bowl” do Jiu-Jitsu durante todos os dias de torneio, Bruno Bastos, responsável pelo treinamento dos competidores da LEAD BJJ, falou sobre atletas que ganharam ainda mais visibilidade depois de campanhas impecáveis no Mundial. Uma delas, citada por Bruno, foi Sarah Galvão, campeã mundial na faixa-roxa, peso e absoluto, agora mais nova faixa marrom da Atos.
“Na faixa-roxa foi a Sarah Galvão, peso e absoluto, uma performance incrível. Não consegui ver todas as lutas dela porque estava fazendo coach de atletas meus, mas acompanhei algumas lutas. O Jiu-Jitsu dela, na minha opinião, já é de faixa-preta.”, disse Bruno.
Na faixa-marrom, Bruno Bastou mencionou dois nomes, entre atletas do masculino e feminino. Cássia Moura, aluna dele, é o tipo de competidora que se enquadra nas exigências de um fenômeno. Ela ganhou a medalha de ouro no peso pena, concluindo quatro lutas com quatro finalizações.
“Minha aluna Cássia Moura deu um show de Jiu-Jitsu, finalizando todas as lutas dela no peso. Mesmo sendo peso pena, chegou em terceiro no absoluto. Ela foi graduada à faixa-preta lá, o que gerou toda aquela polêmica, faixa-preta em um ano, mas enfim, isso é outro assunto.”, comentou Bastos.
Graduação mais rápidas, comuns na década de 1990, foram lembradas no Plantão
A escalada veloz de Cássia rumo à faixa-preta foi um dos assuntos que ganharam corpo no Mundial. No ano passado, Cássia ganhou o Mundial na faixa-azul e sua jornada até a graduação máxima, passando pela faixa-roxa, terminou no pódio do Mundial da temporada, no primeiro dia de evento, 30 de maio. No Plantão Jiu-Jitsu, Bruno Bastos deu mais detalhes sobre o assunto e comparou o tempo de faixas com uma realidade que o Jiu-Jitsu já viu, na década de 1990.
“A polêmica começa pelo fato de que, hoje em dia, para o bem ou para o mal, temos as mídias sociais. Porque, se você for na história do Jiu-Jitsu, os meus companheiros de equipe, Vitor Shaolin e Robson Moura, o Shaolin tinha 17 anos e o Robson 18 quando eles pegaram a faixa-preta. Eles ganharam também por resultados nas competições, obviamente. Eu lembro que eles ganharam o Mundial de 1996 na roxa, em janeiro. Porque na época o Mundial era no início do ano e o Brasileiro era no segundo semestre. Em agosto, se não me engano. Eles ganharam o Mundial de roxa em janeiro, ganharam o Brasileiro de marrom em agosto e foram promovidos à faixa-preta.”, explicou.
Apontando um destaque no faixa-marrom masculino, que Bruno acredita que será muito em breve um membro da elite na faixa-preta, o nome de Leon Mendonça foi lembrado, campeão mundial adulto na faixa-marrom, competindo no pesadíssimo. Com um Jiu-Jitsu diferenciado desde às faixas coloridas, o caminho natural é que Leon embarque em compromissos mais desafiadores na próxima graduação.
“O faixa-marrom do Rodrigo Feijão, o Leon Mendonça, que ganhou no pesadíssimo marrom. Ele é um garoto que é campeão brasileiro e mundial, em todas as faixas até o momento. Ele vai ser graduado à faixa-preta em qualquer momento e eu acredito que ele vai chegar bem.”, projetou Bruno no Plantão Jiu-Jitsu.