em

Bia Mesquita estreia no MMA no Spaten Fight Night, evento com Anderson Silva na luta principal

Uma das atletas mais condecoradas do Jiu-Jitsu fará sua estreia na trocação contra a striker Jojo Ramos

Compartilhe!
Bia Mesquita está focada na preparação para o MMA desde setembro do ano passado, na American Top Team.
Bia Mesquita está focada na preparação para o MMA desde setembro do ano passado, na American Top Team. Foto: Divulgação / Instagram

A multicampeã de Jiu-Jitsu Bia Mesquita está prestes a fazer a sua estreia no MMA. Hoje, no Spaten Fight Night, evento que terá Anderson Silva e Chael Sonnen como luta principal de boxe, a faixa-preta dez vezes campeã mundial pela IBJJF vai enfrentar a pugilista Jojo Ramos. Com altíssimo potencial finalizador na primeira luta de MMA da carreira, Bia Mesquita esbanja confiança por conta da experiência acumulada em anos dedicados às competições nos tatames.

Em entrevista ao Combate, Bia Mesquita falou sobre o processo de treinos de MMA, evolução na American Top Team, equipe que cuidou do seu camp para a estreia, e também contou mais a respeito da decisão que a fez migrar do Jiu-Jitsu para as artes marciais mistas. De acordo com Bia, a mudança foi motivada pela sensação de já ter conquistado todos os almejados títulos de kimono.

“Chegou um momento da minha carreira em que já tinha conquistado todos os meus objetivos. Meu plano sempre foi levar o Jiu-Jitsu para o mundo, abrir portas, trazer cada vez mais pessoas para o esporte de uma maneira geral. Quando eu atingi o meu auge no Jiu-Jitsu, eu vi que precisava de um novo desafio. É claro que eu sempre conquistava mais um título (…) é o que eu amo fazer. Foi aí que eu decidi que o MMA seria a melhor estratégia para continuar no mundo da luta.”, contou a faixa-preta.

Na transição para o MMA, Bia Mesquita se mudou para os EUA para obter melhor suporte

Quando optou pela transição, Bia morava no Rio de Janeiro e explicou que, para se manter ativa em modalidades diferentes, uma exigência do MMA, precisava se deslocar entre academias que ficavam separadas por uma distância desfavorável. Em setembro do ano passado, ela se mudou para a Flórida, nos Estados Unidos, e vem treinando desde então na American Top Team, referência no treinamento de MMA.

“Faço tudo na academia. Preparação física, todos os treinos de wrestling, muay thai, boxe, grappling. Posso fazer tudo no mesmo lugar, não preciso ficar na correria. Às vezes eu ficava duas horas no trânsito para ir de um treino a outro. Isso era muito desgastante. Sem falar que só tem atletas tops de todos os eventos: UFC, PFL, Bellator. Eu chego no treino e sempre vai ter gente para treinar, não importa o dia ou horário.”, detalhou. 

Bagagem do Jiu-Jitsu é um bônus na nova carreira

Por mais que esteja se aventurando em uma modalidade de luta diferente, Bia carrega consigo experiências adquiridas nas competições de Jiu-Jitsu. Controle de ansiedade e corte de peso foram algumas das exigências que ela conseguiu dar conta sem problemas.

“Acredito que a minha experiência eu levo como bagagem para o resto da vida. Me ajuda muito a controlar a ansiedade. O corte de peso eu estava acostumada, no MMA é diferente, porém eu já fiz para lutar Jiu-Jitsu. É uma coisa que estou mais adaptada, já vivi isso. Essa experiência de eventos, de ter a mídia, fazer treino aberto eu já sei como é e não fico nervosa. É uma coisa que eu gosto, interagir com o público e mostrar o meu trabalho.”, afirmou Bia, confiante na vitória por finalização no primeiro round.

Compartilhe!
Avatar photo

Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

Exclusivo: Erich Munis reflete sobre o Mundial e diz que vai se testar no grappling

ONE FC: Mayssa Bastos, pentacampeã mundial de Jiu-Jitsu, vai lutar por título de grappling