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Jansen Gomes brilha como desafiante campeão e Bia Mesquita é avassaladora ao finalizar no ADXC 3

Henrique ‘Ceconi’ e Rayron Gracie foram os campeões das lutas do co-main event

ADXC 3
Card do ADXC 3 foi recheado de astros do esporte e lutas aguardadas pelos fãs. Arte: @adxcofficial

O ADXC 3, evento que transformou Balneário Camboriú em palco de celebração ao JIu-Jitsu, foi realizado neste sábado, dia 2 de março, com combates que fizeram justiça à expectativa dos fãs. Jansen ‘Nenego’ Gomes, desafiado pelo campeão Bruno Lima na segunda edição do ADXC, em Abu Dhabi, foi o grande campeão do main event da noite, vencendo Lima por decisão unânime dos juízes.

Logo no primeiro round, Jansen conseguiu a liderança nas papeletas ao derrubar o faixa-preta de Lisboa em um bem aplicado double leg. A partir disso, o que se viu foi o domínio do campeão, com duas chegadas perigosas nas costas do oponente, que quase renderam uma finalização por mata-leão. 

Beatriz Mesquita, que vinha se mostrando bem empolgada para ingressar no cage em uma luta de grappling, aquecimento ideal para a carreira no MMA, entregou performance avassaladora. Com um uchi-mata nos primeiros segundos de luta, Bia levou Jennifer ao chão, movimentação suficiente para que ela conseguisse chegar nas costas e finalizar no pescoço a lutadora de MMA, ex-UFC.

Henrique ‘Ceconi’ e Rayron Gracie foram os vencedores nas lutas do co-main event

No duelo de grappling classificado como co-main event da noite, Roberto ‘Cyborg’ e Henrique ‘Ceconi’ foram os condutores de uma aula de wrestling bem executada. Na luta movimentada, com transições que poderiam favorecer qualquer lado, ‘Ceconi’ extraiu bom proveito das oportunidades. Um bom exemplo disso foi o double leg que derrubou ‘Cyborg’ no primeiro round, elevando a confiança do atleta declarado campeão por decisão dividida dos árbitros do ADXC 3.

Em luta que marcou a estreia na faixa-preta, Rayron Gracie demonstrou desempenho sem falhas, um estilo marcado por técnicas de Judô e Jiu-Jitsu sincronizadas com excelência. A consequência disso foi o o-soto-gari aplicado por Rayron no terceiro round, queda que abriu margem para ele avançar até a posição que o levou a finalizar Andrew por estrangulamento. 

Luta entre Fabrício Andrey e Ruan Alvarenga agitou o público do ADXC 3

Entre as lutas do card principal, houveram vencedores que finalizaram, ganharam por unanimidade na decisão e, surpreendentemente, até um empate. Primeira vez na história da organização, o resultado foi declarado ao fim da luta entre Gutemberg Pereira e Pedro Lucas, uma aguardada disputa de kimono inserida no card. Sem movimentações marcantes, a luta seguiu a linha de um Jiu-Jitsu mais conservador, com puxadas para a guarda, por parte de Gutemberg, e tentativas de passagem no jogo por cima, do lado de Pedro Lucas. Uma explosão de Lucas nos segundos finais, em uma última tentativa de passar a guarda de Gutemberg, não foi o suficiente para os juízes declararem um vencedor. 

Espetáculo mesmo ficou por conta do combate entre Fabricio Andrey e Ruan Alvarenga, na luta que foi uma das mais aguardadas no ADXC 3. Atuando em busca de um resultado positivo na revanche contra Alvarenga, Fabrício Andrey se aproveitou de uma exposição de pescoço do mineiro e decidiu o combate ao circular o braço em torno do pescoço dele e concluir o movimento da guilhotina na montada. No final, após receber o troféu do título da organização, Hokage foi ao encontro da torcida para comemorar em conjunto.

Samuel Nagai, o responsável por mais uma finalização do card principal, fez o dever de casa do Jiu-Jitsu bem feito e emplacou uma sequência de joelho na barriga e montada, até culminar em uma chave de ombro que obrigou o oponente Israel Almeida a bater. 

Ana Schmitt e Jonnatas Gracie levaram para casa os troféus do ADXC 3 após serem declarados campeões pelas papeletas dos árbitros. A estratégia dos dois foi semelhante: jogaram por cima, com movimentação constante de passagem, atrasando o trabalho de guarda dos seus adversários.

Pedro Alex sai vitorioso em combate contra astro da New Wave

Nas disputas do card preliminar, quem protagonizou o espetáculo foi Pedro Alex “Bombom”, que desbancou Dan Manasoiu, uma das feras de John Danaher, ao vencê-lo por decisão unânime. Na luta entre os atletas do peso pesado, Pedro Alex buscou mais ao investir constantemente em tentativas de passagem de guarda e botes de queda. “Big Dan”, por sua vez, não teve alternativas e viu-se obrigado a ficar mais defensivo.

Seilkhan Bolatbek levou a melhor sobre Fernando Santos na luta que abriu a noite do ADXC 3. Em ataque certeiro de finalização rápida, sem possibilidade de defesa, Bolatbek conseguiu o troféu via chave de calcanhar. Em um duelo entre Brasil e Argentina, representado por João Zeferino e Bruno Antonietta, respectivamente, quem levou a melhor foi o lutador da casa, obtendo o título com um armlock a partir de um ataque que começou no triângulo. 

Zayed Al Katheeri e Lucas Protasio foram os lutadores do card preliminar que saíram vitoriosos por decisão unânime. Zayed investiu muito nos ataques de pé, mas a não concretização de finalização fez com que todos os rounds do combate precisassem acontecer. Já no duelo de Protasio contra Pedro Maia, o ponto alto da luta veio no final do terceiro round, com muita movimentação de transição entre os lutadores. Na troca de forças, quem levou a melhor foi o atleta da Checkmat.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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