Diferente dos momentos áureos de sua carreira como atleta profissional, Felipe Pena encontra-se em um cenário diferente do que é habituado. O popular Preguiça vem de amargas derrotas e a mais dolorosa é para o seu arquirrival Gordon Ryan, oponente que já pareceu presa fácil em 2016 e 2017, anos que o mineiro era o homem que ocupava o posto de número 1 do esporte.
Quando conquistou o título absoluto na Finlândia, dominando caras do calibre de Gordon e Marcus Buchecha, inclusive com uma finalização espetacular pelas costas. Nos dois anos seguintes, em 2018 e 2019, Preguiça novamente figurava no topo do esporte profissional, só que agora com kimono, conquistando dois títulos mundiais da IBJJF em sequência.
Acostumado a vencer, ser dominante e ter os holofotes como forma de prestígio por suas performances espetaculares, o craque agora atravessa um deserto. É um momento de desconforto que separa os homens dos meninos. Diante da dúvida dos fãs – que estão curiosos para saber como será sua próxima performance, Felipe usa este momento para evolução própria.
O momento de desconforto motiva o atleta que sabe o que é ser campeão. Felipe, talvez, pela primeira vez, teve que lidar com seu próprio eu. Buscou um desafio totalmente fora da sua zona de conforto, embarcou para San Diego para ser aluno novamente. A evolução pessoal, como atleta e ser humano, o tornar perigoso. Preguiça é inteligente, fato que ninguém pode negar, por tudo que já conquistou. A mudança radical em seus treinos pode fazer uma diferença.
Para os fãs, é notório a euforia por conta de todo entretenimento em torno da tetralogia entre a maior rivalidade da atualidade no grappling. Já para o brasileiro, a vitória torna-se um desejo pessoal. Não por ser apenas contra Gordon, mas para provar o quão grande atleta ele é. Em jogo, para Preguiça, está uma redenção. É a hora da verdade.
A partida será no dia 25 de fevereiro, em Costa Mesa, na Califórnia. Ao vivo, somente na Flograppling.
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